domingo, 2 de maio de 2004

Em Busca da Desfeita Perfeita

Bas noite! Como é que o sinhô tá? Ainda de ressaca? É... Aquela bebemoração que fizemo dia 28, por causa do Dia da Sogra foi grande... Gostei da sua idéia de a gentes nóis ir ao cemitério dançá em riba do túmulo da sua sogra. Faz tempo que eu num me divertia tanto... E se alembra do pessoá que chegou despois e começaro a fazer o mesmo com as sogras deles? Agora avalie se isso pega! Todo 28 de abril a turma fazendo festa nos cemitérios! Isso sim é que é desfeita. Mas ainda num tá cem por cento boa.

Num le contei não? Já faz anos que tenho andado percurando a desfeita perfeita. Aquilo que indiguine tanto a desfeiteada que ela simpresmente suma da vida do genro. Ainda encontro. Outro dia eu ouvi uma canção antiga, duns moleques dum tal de Africa Bambaataa, que se chamava "Looking For The Perfect Beat", ou seja, "À Procura da Batida Perfeita". Como não sou músico, mas gostei do tema, decidi parafraseá-lo, para que fique mais próximo de mim: "À procura da Desfeita Perfeita". Virou mais um objetivo na minha vida. Aí saí atrás de desfeitas boas.

- Essa sua, de dançar em cima da cova da sogra no Dia da Sogra, foi uma ótima, embora ela não esteja mais vendo. Ou pelo menos a gente espera que o Diabo não a solte mais!

- Teve meu amigo São Taê, que um dia abriu a porta de casa e encontrou D. Marieta-tá, a sogra dele, na porta, com uma mala do lado. Perguntou quanto tempo ela ia ficar e como resposta ela disse que só até não quererem ela mais lá. Aí ele perguntou: "Mas não vai ficar nem prum cafezinho?".

- Tio Juzé estava enfrentando uma bronca séria em casa, pois a sogra dele estava se fazendo de doente pra ficar vivendo às custas da filha, ou seja, dele. Quando Tia Polly (mulher de Tio Juzé) veio pedir pra mãe dela ficar morando com eles, tio Juzé argumentou, muito justamente, que não tinham nenhum quarto vago em casa, e portanto a véia não poderia ficar lá. Aí tia Polly sugeriu dar uma arrumada em uma das garagens (a casa dele tem duas) e transformá-la em um quarto pra mãe dela. E ele na bucha: E onde é que vou guardar minhas ferramentas? Vou deixá-las, bem como minhas grades de celveja, tomando sol e chuva só pra acomodar tua mãe? Mas de jeito nenhum! Ela que se vire!

- Tem tambem as eternas, que sempre fiz com Zélia Mentirinha, como da vez que comprei um relógio na feira, embrulhei de jornal, amarrei com brabante e joguei em cima dela, à guisa de presente de aniversário. Tambem... Quem mandou nascer justo na Béspa de São João, a noite mais importante do ano, só pra atrapalhar?

Ói, vou ali ver como os meninos tão limpano a roça de mio, e o sinhô fique aí na rede descansano, drumino e peidano, que a casa é sua. Se o sinhô se alembrá de mais uma desfeita, ou suber de alguma, por favor me avise. Me ligue ou escreva pra yanossauro@pop.com.br que é favor. Té mais!