segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Paletó



Bas noite! Cuma é que o sinhô tá? Nunca mais le vi...

Mas pro sinhô vê só cuma são as coisa...

Ôtro dia eu fui a um desses casamento que tão na moda agora, com todo o mundo fantasiado, se vestino esquisito pra parecê matuto que nem nóis, e quá num foi o meu espanto conde topei de cara com Pai Fábio de Oitibumaré. Ele tava vestino o paletó mais jegue que já vi em minha vida, todo roxo, com um xadrezinho de risca de giz. O sinhô acredita?

Mas o mió ainda tava por vir, apois conde eu preguntei a ele donde foi que ele arrumou aquela veste, achando que ele tinha mandado fazê iscrusivamente pra festa, quage que caio pra trás ca resposta dele! Num é que o paletó foi do sogro dele? Isso mesmo, DO SOGRO dele! E mió: Foi o paletó com que o sogro dele se casou-se, e num era festa brega não, era a quintessência da chiquice em Areial, na terra sem-noção que inzeste no norte de Pernambuco, lá pulos anos 70. Aí eu brinquei:

- Homi, só falta agora a gravata de brabuleta roxa!

E num é que ele puxou uma gravata de brabuleta ROXA de drento do borso? A originá que o véio usô pra se amarrá?

Homi, seio não, depois desse empréstimo eu acho é que Dra. Absolut num se livra mais é nunca de Pai Fábio! Vôte!

Agora o sinhô me adiscurpe que eu vou lá drento dá uma aliveiada, mas fique à vontade, que a casa é pequena mas é sua, vi?

Ô minha fia, traga um cafezinho aqui pro moço!
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