terça-feira, 20 de julho de 2004

O que não é a fama...

Pro senhor vê...

O cabra faz a fama de despois tem que deitar na cama. Num é que outro dia uma amiga minha, Dra. Crica, ao saber que eu ia tá numa confraternização (tô falano difíci hoje, né?), fez questão de levar a sogra p'reu conhecer? E ainda me disse que tava chateada, pois a sogra dela era a típica. Quando eu disse que ter uma sogra típica era mais que motivo prela ficar chateada, ela me corrigiu: Num era "A" sogra típica não, era a sogra "atípica", diferente, a sogra que ajuda com os netos, defende ela do marido, não dá pitaco na casa e ainda se deixar ajuda pra inteirar a feira. Isso num é sogra! É a mãe dela que ela levou pra empulhar nóis! Mas tem sentido uma coisa dessa?

Continuano com os tipos de sogras, descobri outro dia um tipo diferente: É a sogra que proíbe a filha de falar com ela. Ora, se não quer falar com a filha, que se dirá do genro, num é? Acho que vou me candidatar a ter uma sogra dessas...

Um abraço pro sinhô que vou ali ver como tá o siuviço e já vorto!

domingo, 11 de julho de 2004

O que o desespero não faz...

O senhor, que é homem instruído e cheio das leituras, doutor de anel no dedo, veja só a carta que meu amigo São Taê me mandou:

"Caro Coronel,
Mais uma vez envio missiva para, antes de tudo, agradecer-te por acoitar meu querido bacurinho em sua tão bela fazenda. O bichinho se livra da pior de todas as sogras e ainda aproveita para respirar o ar puro da Canadá. Ainda bem que ele está de férias.

Escrevo também para que me dê notícia dele e peço que faça isso da maneira mais discreta possível (manda a resposta pro endereço do meu escritório) porque a mãe dele, que um dia vai ser sogra também ? infelizmente ? tá doida sem saber pra onde eu mandei o menino.

Tive que tomar uma atitude drástica dessa, pois ela e aquela que nem atrevo a dizer o nome, como você bem observou, já estavam discutindo o futuro dos coitadinhos. Já tava chamando o menino de "meu genrinho". Como diz Mução: É demais!

Ainda bem que você interveio e me ajudou na fuga.

Um abraço e inté mais!
Taê"

Eu só queria mesmo era ter essa sua inteligência, aí do senhor! Aí sim é que eu ia poder dar uma resposta realmente boa pro meu amigo-irmão. De todo o jeito, veja lá se o que eu escrevi está prestano:

"Caro São Taê,

Escrevo esta na esperança que esteja tudo bem com você e minha querida Zelda. Já tinha lhe dito antes: Bacurinho eu não acoito, eu hospedo aqui em casa, e ele está na casa dele, onde manda e desmanda. Fazia tempo que eu queria mesmo o menino por aqui comigo, embora não nestas condições.

Ele chegou bem, e está passando melhor ainda. Todo dia pela manhã toma seu leite com bem muito chocolate ao pé da vaca, come o seu cuscuz com queijo e bem muita manteiga e ganha o mundo. Quando é na hora do almoço e ele chega, a gente fica conversando, e o bichinho já está arrependido da danação toda que fez em torno de Mariinha, e tento aconselhá-lo a como melhor sair dessa enrascada. Meu amigo Doutor tambem ajuda e aconselha.

A bronca está de noite... Ele está com medo de ir dormir, diz que tem pesadelos, sonha com a Bruxa Keka, com sogras horríveis atazanando-lhe a paciência... Mas a vida é assim mesmo, eu lhe digo, não adianta ter tanto medo de sogra não, pois a não ser que ele vire monge, sempre vai ter uma. Um dia esses pesadelos passam.

Diga a Zelda que ele está bem, com saudades e manda beijos, mas não arreda pé daqui (ou onde quer que você diga que ele está) até ela desistir dessa idéia dele namorar Mariinha tão cedo. Se ela (e Keka) desistir de pensar nisso, ou pelo menos quiser esperar uns 16 anos, ele volta logo pra casa. Se não vai ficando por aqui.

Em tempo: Aproveitei que ele está aqui e fui ao cartório de D. Alicia pra ultimar a papelada definitiva de adoção dele como meu sobrinho. Agora só falta tu dares uma passada por lá. Tambem já aproveitei e fiz o mesmo com Mariinha, mas pra evitar que você-sabe-quem venha aqui a Pombos, vou deixar e levar a papelada até Recífilis quando eu for por lá.

De mais, tudo sempre bom, a saudade de vocês é que é grande.
Um abraço do seu amigo-irmão,

Coronel Yanossauro."

E aí Doutor, o que o senhor achou?

segunda-feira, 5 de julho de 2004

O encontro

Pro senhor ver...

Tanto que Madama Keka fez e aconteceu que terminou havendo o encontro do meu sobrinho Bacurinho com Mariinha, a filhota dela.

Pra pressão em cima do menino ser menor, a gente marcou um encontro de uma ruma de amigos num caldinho lá de Recife, onde os meninos se encontrariam meio que por acaso, num ambiente mais calmo e relaxado. E deu o pior: Bacurinho, que é fogoso que nem pai-de-chiqueiro, já foi logo se engraçando pra cima de Mariinha.

Se fosse só isso já era bom, mas quando a gente vê, Keka e Zelda (a mãe de Bacurinho) já estavam em altos papos, discutindo o futuro, como seria a vida dos coitadinhos... Assim não pode! Lá pras tantas Madama Keka tava abraçando Bacurinho e tentando beijá-lo. Era um tal de "meu genrinho pra cá, meu genrinho pra lá"... o menino chega tava asfixiado! Agüentei o tranco até aí, mas quano vi o menino tentando se soltar dos braços dela, pulei da cadeira e disparei:

- Ô Madama, você querer um bom partido pra sua fia é ua coisa, mas se num aliveiar essa gana de ser sogra, a bichinha vai ser viúva antes mesmo da puberdade! Ô Bacurinho, venha pra cá que eu te levo hoje mesmo de volta pro Canadá comigo!

Só assim pra Mama Keka soltar o coitado. O bichinho passou o resto da noite encolhido na cadeira, choramingando de medo e arrependimento por ter se engraçado com Mariinha.

É... Acho que vou ter mesmo que acoitar o bichinho...